Monday, June 11, 2007

Budapeste


A cidade onde as putas parecem meninas e as meninas parecem putas. Há uma tal ânsia de dinheiro, de libertação pelo meio comum de troca capitalista – maneira pirosa de dizer: se me deres cinco tostões dou-te...
A cidade confunde-se com os esquemas, as pedinchisses, os vígaros a prometerem o paraíso terrestre, porque o celestial está do outro lado da fronteira, mesmo ao virar da esquina, saltando o muro, agora transparente, de uma transparência quase cruel – porque impositiva, porque divisiva, porque latente, porque tantálica -, saltando o muro, dizia, que pode ter a forma concuspiscente de um casamento a la ocidental ou de um bar de putas em Chipre, onde por tuta-e-meia se pode acasalar com uma universitária que dirá, sim, eu estudei germânicas e até sei de cor aquela famosa do Goethe Wer reitet so spät durch Nacht und Wind – a morte, sein Vater und Kind: responderá o homem que vende bilhetes na estação - para oeste sempre mais para oeste!

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