Geração Inquinada
O inefável Lomba regressa – e devido a obrigações contratuais irá regressar mais vezes – à sua verborreia inconsequente. Desta vez enverga as roupagens da nação e do chauvinismo bolorento. A reverência aos símbolos! Á como era bela a vida da corte! Ouçamos compungida e reverentemente: A existência de uma cultura de celebração requer abertura à distinção e à solenidade, coisas que a nossa baixa educação cívica e histórica repele. No ensino ou fora, o português é treinado para desprezar símbolos, memórias, rituais, tudo o que no mundo real das sociedades e das pessoas há de mais emotivo e não racional.
Abertura à distinção e solenidade! Cada vogal, cada sílaba, deve ser pronunciada com a extrema comoção com que se degusta uma hóstia empurrada pela mão linfática do cardeal patriarca. Depois é inclemente: fomos treinados para desprezar símbolos, para cuspir na bandeira, para vilipendiar o quinto império. Oh gente de baixa extracção que nem os nobres e valentes guerreiros do ultramar veneram! E qual D. Sebastião, vem Lomba lembrar à nação que nunca é tarde para reaprendermos as nossas origens e a solenidade que elas nos exigem.
Mas esclareçam-nos, o Lomba não está a falar da nacionalidade nem da bandeira? Esclareço que nem estou a pensar nos símbolos nacionais, como o hino ou a bandeira. Esta mania de tresler os textos mais bem intencionados da nova geração da direita é estupidamente enervante e, ao limite, injusta. Então de que fala o Lomba?
Por exemplo, não somos capazes de ser justos com os ex-combatentes de África, não tratamos dos nossos monumentos, não respeitamos a
Abertura à distinção e solenidade! Cada vogal, cada sílaba, deve ser pronunciada com a extrema comoção com que se degusta uma hóstia empurrada pela mão linfática do cardeal patriarca. Depois é inclemente: fomos treinados para desprezar símbolos, para cuspir na bandeira, para vilipendiar o quinto império. Oh gente de baixa extracção que nem os nobres e valentes guerreiros do ultramar veneram! E qual D. Sebastião, vem Lomba lembrar à nação que nunca é tarde para reaprendermos as nossas origens e a solenidade que elas nos exigem.
Mas esclareçam-nos, o Lomba não está a falar da nacionalidade nem da bandeira? Esclareço que nem estou a pensar nos símbolos nacionais, como o hino ou a bandeira. Esta mania de tresler os textos mais bem intencionados da nova geração da direita é estupidamente enervante e, ao limite, injusta. Então de que fala o Lomba?
Por exemplo, não somos capazes de ser justos com os ex-combatentes de África, não tratamos dos nossos monumentos, não respeitamos a
memória, não comemoramos: em quantas escolas, da primária à universidade, se celebra com dignidade o início do ano lectivo, a
atribuição de diplomas, os feitos dos melhores estudantes? Para que serve Portugal no fim de contas?
Monumentos, memória, abertura do ano lectivo com dignidade – à americana! Onde se celebra sistematicamente a nacionalidade e a bandeira! Confuse? A distinção está entre as mitologias políticas e os verdadeiros símbolos colectivos. Como se estes não fossem apropiados pelas mitologias políticas (seja lá elas quais forem) da esquerda e da direita! Por exemplo, o Lomba é da direita conservadora por isso apropria-se do bafio da nacionalidade e da bandeira; e com isso quer impô-lo como versão verdadeira dos símbolos colectivos.
Para que serve Portugal, pergunta-se Lomba ecoando a preocupação com uma “ideia de Portugal” profetizada por António Quadros? Bem, pelos vistos, glosando esse outro grande vulto da história portuguesa, serve para esta “cagamerdeira”.
Monumentos, memória, abertura do ano lectivo com dignidade – à americana! Onde se celebra sistematicamente a nacionalidade e a bandeira! Confuse? A distinção está entre as mitologias políticas e os verdadeiros símbolos colectivos. Como se estes não fossem apropiados pelas mitologias políticas (seja lá elas quais forem) da esquerda e da direita! Por exemplo, o Lomba é da direita conservadora por isso apropria-se do bafio da nacionalidade e da bandeira; e com isso quer impô-lo como versão verdadeira dos símbolos colectivos.
Para que serve Portugal, pergunta-se Lomba ecoando a preocupação com uma “ideia de Portugal” profetizada por António Quadros? Bem, pelos vistos, glosando esse outro grande vulto da história portuguesa, serve para esta “cagamerdeira”.
0 Comments:
Post a Comment
Subscribe to Post Comments [Atom]
<< Home