Coetzee
Há poucos escritores que conseguem unir a contenção estilística com o lirismo da expressão. Coetzee é um deles.
Coetzee é também um escritor de um mundo que não é romanceado; um mundo onde as pessoas possuem sempre mais facetas do que aquelas que a mera tipificação nos poderia oferecer. E assim é Coetzee o mestre dos dilemas, sem por isso passar pela moral. Nesta perspectiva, os dilemas de Coetzee não intersectam questões morais, mas também não são amorais. Simplesmente os binómios e dicotomias próprias do moralismo mais epidérmico não funcionam nas personagens de Coetzee. Será um mundo pós-moral, onde nem religião, nem identidade, nem maniqueísmo têm o seu lugar? Julgo que não, mas é um mundo onde os dilemas existem no mesmo plano das práticas do quotidiano, não são metafísicos, nem pretendem a prova do esforço metafísico.
Coetzee é também um escritor de um mundo que não é romanceado; um mundo onde as pessoas possuem sempre mais facetas do que aquelas que a mera tipificação nos poderia oferecer. E assim é Coetzee o mestre dos dilemas, sem por isso passar pela moral. Nesta perspectiva, os dilemas de Coetzee não intersectam questões morais, mas também não são amorais. Simplesmente os binómios e dicotomias próprias do moralismo mais epidérmico não funcionam nas personagens de Coetzee. Será um mundo pós-moral, onde nem religião, nem identidade, nem maniqueísmo têm o seu lugar? Julgo que não, mas é um mundo onde os dilemas existem no mesmo plano das práticas do quotidiano, não são metafísicos, nem pretendem a prova do esforço metafísico.
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