E não há quem os censure?
Há um espectro que assola Portugal – o espectro da Censura!
Nos jornais de maior circulação, nas televisões, nas rádios e sobretudo na blogosfera, há um coro de vozes que grita a plenos pulmões “Há Censura!”. Esta insidiosa suspeita ganhou corpo com a denúncia de um militante do PSD depois deste ter sido suspenso das suas funções no ME. Todavia, já se congeminavam funestos pensamentos sobre cabalas censurantes e remanescências fascistas. Até um dos homens mais brilhantes de Portugal veio dizer que no tempo do Salazar se podia dizer tudo e que agora vejam lá coitadinho do funcionário público que contou umas anedotas sobre o primeiro-ministro e a mão pesada e draconiana do aparelho socialista desterrou-o imediatamente (espera-se, no entanto, que para nenhum Tarrafal). Que o tal sage não se tivesse apercebido dos efeitos da censura Salazarista só diz que ele estava do lado certo - do ponto de vista do poder, é claro. Não nos deve espantar, portanto, que se juntem umas tantas vozes para dizer que a censura agora é muito pior do que era no tempo do Salazar. Para eles, eventualmente até era. Ou não existisse uma coincidência, indisfarçável, entre os que se preocupam com a terrível censura socialista e os que celebram o ditador ultramontano.
Ora eu julgava, com toda a modéstia, que um dos atributos da censura era justamente não se poder gritar a plenos pulmões que ela existe. Apesar de toda a evidência em contrário, ou seja, não obstante todas as publicações, vociferações, altercações e gozações alertando para o retorno – e ainda por cima reforçado – da sinistra censura (e reparem como o trocadilho resulta em italiano) eles continuam a sentir-se vítimas de censura. Eu confesso a minha confusão: ou o gajo do lápis azul está catatónico ou andam a gritar que há lobo para se divertirem.
É triste, mas parece que nem a censura funciona como deve ser em Portugal.
Nos jornais de maior circulação, nas televisões, nas rádios e sobretudo na blogosfera, há um coro de vozes que grita a plenos pulmões “Há Censura!”. Esta insidiosa suspeita ganhou corpo com a denúncia de um militante do PSD depois deste ter sido suspenso das suas funções no ME. Todavia, já se congeminavam funestos pensamentos sobre cabalas censurantes e remanescências fascistas. Até um dos homens mais brilhantes de Portugal veio dizer que no tempo do Salazar se podia dizer tudo e que agora vejam lá coitadinho do funcionário público que contou umas anedotas sobre o primeiro-ministro e a mão pesada e draconiana do aparelho socialista desterrou-o imediatamente (espera-se, no entanto, que para nenhum Tarrafal). Que o tal sage não se tivesse apercebido dos efeitos da censura Salazarista só diz que ele estava do lado certo - do ponto de vista do poder, é claro. Não nos deve espantar, portanto, que se juntem umas tantas vozes para dizer que a censura agora é muito pior do que era no tempo do Salazar. Para eles, eventualmente até era. Ou não existisse uma coincidência, indisfarçável, entre os que se preocupam com a terrível censura socialista e os que celebram o ditador ultramontano.
Ora eu julgava, com toda a modéstia, que um dos atributos da censura era justamente não se poder gritar a plenos pulmões que ela existe. Apesar de toda a evidência em contrário, ou seja, não obstante todas as publicações, vociferações, altercações e gozações alertando para o retorno – e ainda por cima reforçado – da sinistra censura (e reparem como o trocadilho resulta em italiano) eles continuam a sentir-se vítimas de censura. Eu confesso a minha confusão: ou o gajo do lápis azul está catatónico ou andam a gritar que há lobo para se divertirem.
É triste, mas parece que nem a censura funciona como deve ser em Portugal.
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