Tuesday, June 12, 2007

Assalto ao aeroporto!


Eh pá, ajudem-me. Quantos aeroportos é que nós (vocês e outros) conhecemos que fiquem na margem oposta de um rio em relação à capital? Eh pá, francamente, esclareçam-me, iluminem-me, mas onde está a oportunidade de colocar um aeroporto internacional que só tem como via de acesso à capital duas pontes? Eh pá, belisquem-me, mas que sentido faz despejar no centro de Lisboa – é para lá que desembocam as pontes – mais trânsito de pesados, alguns até com mercadorias perigosas, sabendo que a cintura industrial de Lisboa fica precisamente no lado norte do Tejo? Eh pá, segurem-me, mas como é que se servem os passageiros que aterram em Alcochete –ou ainda mais patético, no Poceirão - das linhas ferroviárias do Norte e já agora do Sul, sendo que a rede da Fertagus exclui o Barreiro, Montijo e Alcochete? Eh pá, e como é que o Francisco Vanzelina tira do bolso um estudo prontinho, encadernado e já com ISBN onde se descobre que o campo de tiro de Alcochete é a melhor alternativa? Eh pá, e como é que “Francisco Van Zeller - que se fez acompanhar de Ernâni Lopes e do ex-ministro do Ambiente Carlos Borrego - sublinhou a "grande coincidência de pontos de vista" com Cavaco Silva” coincidindo a coincidência de pontos de vista com o repto de Cavaco para se repensar a localização do aeroporto? Eh pá, como é que Cavaco Silva antecipou prescientemente que havia tal estudo e qual oráculo de Delfos afisou os consortes a tempo de evitar a catástrofe?
Ota talvez não venhamos a ter; mas de sermos papados como otários disso é que já não nos safamos.

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