As nossas liberdades. E as deles....
Voei recentemente da Inglaterra para Portugal. O embarque em Heathrow foi simplesmente de pesadelo. E nos dias seguintes sei que foi ainda pior. Agora, com o estado de alerta em que se encontram as forças de segurança inglesas, as medidas de segurança devem ter lançado os aeroportos no caos total.
Observo no jornal da TV2 um homem que diz que isto seria diferente se não fossem os cobardes que se escondem por detrás de máscaras e atiram aviões contra edifícios.
Por muito que detestemos o terrorismo que derrubou as torres do WTC podemos chamar-lhe tudo menos cobarde. Cobarde, quem está disposto a pagar com a própria vida a dedicação a uma causa, por muito detestável que ela nos pareça? A quem está disposto a usar o próprio corpo e a vida como arma? Quantos de nós, nas nossas sociedades de conforto, estaríamos dispostos a fazê-lo? Ah, pois, é a cultura deles, a religião, eles acreditam naquela cena das setenta virgens no céu...
Basta ver no Iraque, a quantidade dos que se suicidam para atingir os inimigos. Talvez valha a pena lembrar que a vida por aquelas bandas vale um pouco menos do que por cá. Que as expectativas de chegar a velho para quem não está disposto a aceitar uma ocupação estrangeira são provavelmente limitadas.
Para as populações do Iraque e da Palestina o incómodo também vem dos aviões. Ou melhor, das bombas que estes despejam sobre eles. Enquanto o turista inglês teme a ameaça de bomba, eles têm de aprender a viver com elas.
Chega pois de dizer que é a cultura de morte dos terrorista ou, pior, dos muçulmanos. Que eles odeiam as nossas liberdades e o nosso estilo de vida. O chamado terrorismo islâmico é uma questão política, que tem raízes históricas bem concretas, ligadas ao contexto de colonialismo e neo-colonialismo das potências ocidentais, que dominam o médio oriente desde o século XIX. É preciso topete para dizer que os colonizados odeiam a liberdade dos colonizadores! Marxismo vulgar, dirão. Cada vez mais acho que o que é preciso na política é Marxismo vulgar.
Observo no jornal da TV2 um homem que diz que isto seria diferente se não fossem os cobardes que se escondem por detrás de máscaras e atiram aviões contra edifícios.
Por muito que detestemos o terrorismo que derrubou as torres do WTC podemos chamar-lhe tudo menos cobarde. Cobarde, quem está disposto a pagar com a própria vida a dedicação a uma causa, por muito detestável que ela nos pareça? A quem está disposto a usar o próprio corpo e a vida como arma? Quantos de nós, nas nossas sociedades de conforto, estaríamos dispostos a fazê-lo? Ah, pois, é a cultura deles, a religião, eles acreditam naquela cena das setenta virgens no céu...
Basta ver no Iraque, a quantidade dos que se suicidam para atingir os inimigos. Talvez valha a pena lembrar que a vida por aquelas bandas vale um pouco menos do que por cá. Que as expectativas de chegar a velho para quem não está disposto a aceitar uma ocupação estrangeira são provavelmente limitadas.
Para as populações do Iraque e da Palestina o incómodo também vem dos aviões. Ou melhor, das bombas que estes despejam sobre eles. Enquanto o turista inglês teme a ameaça de bomba, eles têm de aprender a viver com elas.
Chega pois de dizer que é a cultura de morte dos terrorista ou, pior, dos muçulmanos. Que eles odeiam as nossas liberdades e o nosso estilo de vida. O chamado terrorismo islâmico é uma questão política, que tem raízes históricas bem concretas, ligadas ao contexto de colonialismo e neo-colonialismo das potências ocidentais, que dominam o médio oriente desde o século XIX. É preciso topete para dizer que os colonizados odeiam a liberdade dos colonizadores! Marxismo vulgar, dirão. Cada vez mais acho que o que é preciso na política é Marxismo vulgar.
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