Wednesday, June 27, 2007

Lança fora d'África


Este post do Insurgente , que me foi dado a conhecer através do Arrastão, merece reflexão e citação. No que segue reproduzo algmas pérolas avulsas dos posts de Patrícia Lança, mas que vale a pena ler na íntegra.


Gregos e romanos, parece a drª sugerir, acreditavam que o sexo anal tinha funções reprodutivas, desconhecimento que os tempos modernos vieram suprir. Não me parece. Nem gregos nem romanos tinham as mínimas dúvidas do que era e para que servia a sodomia e a última coisa com que se preocupavam, em relação a isso, era justamente com a reprodução.
A Patrícia tem uma vida sexual chata, monótona, desengraçada, como qualquer falsa puritana beata supostamente terá. Digo supostamente, porque não acredito que mesmo a singular e beatífica Patrícia se exima aos delírios do prazer e às suas perversões (seja lá o que isso for). Mas o sinal mais sintomático da má-fé destes conservadores modernaços é escamotear todos os outros factores de transmissão do HIV. A prostituição, a toxidopendência, ou o simples contágio através do sexo sem preservativos. Seguindo o inteligente raciocínio da drª Patrícia, o facto de o HIV ter actualmente uma maior incidência nas populações africanas, significa que existiria uma qualquer tendência obscura para a homossexualidade em África – o famoso homossexualis africanus. A verdade é que a Patrícia ou é tola ou é hipócrita – ele haverá outros nomes? – ao não colocar como o mais importante factor de contágio do HIV a recusa em usar preservativos. Mas isso colidiria com os brilhantes ensinamentos do catolicismo do qual a Patrícia é uma fervorosa acólita. A construção do homossexual como bode expiatória revela em toda a sua transparência a pobreza do ideário do catolicismo actual.

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