Prontos pá porrada
Começa a assentar a duvidosa poeira que se tinha levantado em torno dos atributos de Menezes. Disso nos dá conta BB no seu último artigo do DN. Demorou tempo, mas vamos chegando à conclusão que não só Menezes não é tão canhestro como o tinham pintado Pacheco Pereira e VGM, como se encontra a léguas do indistinto Marques Mendes. Os interesses arreigados de certos sectores do PSD estavam de tal forma cristalizados que se chegou ao disparate de defender um candidato sem nenhum dos predicados necessários para vencer eleições. Por aqui se vê que a racionalidade em política é coisa muito difusa. Como diz BB, acusar Menezes de ser populista é o último reduto de uma direita que se encontrava confortavelmente acobertada pela sombra tutelar de Cavaco. Marques Mendes era o chaperon que levava certos barões a passear sob essa sombra protectora. Entretanto, após as últimas directas, algo de diferente se passou no PSD. A frente populista recuperou o poder; que é como quem diz o PSD regressa à sua essência. Menezes é populista, como Sócrates é populista, e como Portas leva o populismo ao seu ápice. Menezes não é particularmente populista, nem por causa disso se dissocia extraordinariamente dos restantes líderes do PSD. Durão Barroso, era, e é, populista. Talvez de uma maneira mais ilustrada, com certos ademanes, que rapidamente o identificavam com a elite. O populismo de Menezes deriva de uma elite menos política, mais de negócios, uma elite que usa o populismo na sua versão hard-core. Digamos que é um populismo diferente. Mas de uma coisa não pode haver dúvidas: Menezes faz muito mais estragos do que Marques Mendes alguma vez sonharia fazer.
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