A censura de que não se fala
Não acho inútil a indignação a propósito do afastamento de Fernando Charrua da DREN por ter contado uma anedota sobre Sócrates. Acho óptimo que se estigmatize a bufaria dos colegas, a prepotência dos directores e a sabujice perante as autoridades. As palavras de justificação da directora, "afinal é o primeiro-ministro de portugal" são arrepiantes. Nada é mais importante do que dessacralizar os lugares de poder. O que não me lembro é de ver toda esta gente que agora se levanta de indignação revoltar-se com a prisão do jovem que queimou a bandeira nacional o ano passado.
Mas mais grave ainda é a pressão que neste momento é exercida por directores de serviço em vários serviços públicos, para que os trabalhadores não façam greve dia 30. Ou, pior ainda, o que se passa nas empresas privadas, onde a hipótese de greve não é sequer considerada pelos trabalhadores, porque se tornou natural e aceitável que se despeça um trabalhador por este fazer greve. Esta ideia de que a greve é, quanto muito, para o sector público, e que os trabalhadores do privado estão proibidos do seu exercício, este despotismo do capital privado, isto sim, é o fascismo.
Mas mais grave ainda é a pressão que neste momento é exercida por directores de serviço em vários serviços públicos, para que os trabalhadores não façam greve dia 30. Ou, pior ainda, o que se passa nas empresas privadas, onde a hipótese de greve não é sequer considerada pelos trabalhadores, porque se tornou natural e aceitável que se despeça um trabalhador por este fazer greve. Esta ideia de que a greve é, quanto muito, para o sector público, e que os trabalhadores do privado estão proibidos do seu exercício, este despotismo do capital privado, isto sim, é o fascismo.
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