Wikipeidia
Ainda a propósito de Santana Lopes, quando andava à procura duma fotografia com o seu rosto tisnado enquadrado em colarinhos brunidos fui parar à página da Wikipedia que algum social-democrata mais dado à filantropia lhe dedicou. Aí, ainda mal refeito da visão do seu semblante em pose de estadista fui treslendo o texto que alguém bem intencionado – se não o próprio SLopes – plantara generosamente na página da Wikipedia. Texto esse que diz o seguinte:
o Presidente da República Jorge Sampaio convidou Santana Lopes a formar novo governo, a 12 de Julho foi indigitado primeiro-ministro e a 17 de Julho tomou posse. No entanto, após quatro meses de governação instável, Sampaio anunciou a 30 de Novembro que iria dissolver a assembleia e convocava eleições antecipadas, apesar da coligação entre o PSD e o PP ter a maioria na Assembleia da República, facto inédito na história da democracia em Portugal. Sampaio não chegou a explicitar os motivos da sua decisão mas o facto de o Partido Socialista (partido de Sampaio) estar na altura em alta nas sondagens e o facto de a liderança deste partido ter entretanto mudado foram apontados por vários sectores como tendo sido determinantes para a sua decisão.
Bom, assim de repente parece um texto nada tendencioso, equilibrado e certamente não especulativo. Dei comigo a cismar sobre a livre circulação da informação – que como a do comércio, provavelmente não produz os melhores resultados -, e como essa mesma liberdade pode facilmente resvalar para a pura desinformação. Ocorreu-me de imediato os perigos que podiam esconder-se por trás deste facilitismo do conhecimento: e se o João Carlos Espada tivesse escrito a página sobre Rousseau, ou o César das Neves a página sobre o Nietszhe?
o Presidente da República Jorge Sampaio convidou Santana Lopes a formar novo governo, a 12 de Julho foi indigitado primeiro-ministro e a 17 de Julho tomou posse. No entanto, após quatro meses de governação instável, Sampaio anunciou a 30 de Novembro que iria dissolver a assembleia e convocava eleições antecipadas, apesar da coligação entre o PSD e o PP ter a maioria na Assembleia da República, facto inédito na história da democracia em Portugal. Sampaio não chegou a explicitar os motivos da sua decisão mas o facto de o Partido Socialista (partido de Sampaio) estar na altura em alta nas sondagens e o facto de a liderança deste partido ter entretanto mudado foram apontados por vários sectores como tendo sido determinantes para a sua decisão.
Bom, assim de repente parece um texto nada tendencioso, equilibrado e certamente não especulativo. Dei comigo a cismar sobre a livre circulação da informação – que como a do comércio, provavelmente não produz os melhores resultados -, e como essa mesma liberdade pode facilmente resvalar para a pura desinformação. Ocorreu-me de imediato os perigos que podiam esconder-se por trás deste facilitismo do conhecimento: e se o João Carlos Espada tivesse escrito a página sobre Rousseau, ou o César das Neves a página sobre o Nietszhe?
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