Buckowsky was also there, of course
Por vezes durante a noite quando ela se encontrava profundamente adormecida aplicava-lhe uma cotovelada nas costas, bem medida entre a quinta e a sétima vértebra. Outras vezes empurrava-a contra a parede e ela estilhaçava-se, como um cristal não polido, rangendo os dentes e largando um pequeno, mas incomodativo, guincho. No outro dia puxou-lhe um pé quando subiam as escadas, ele atrás, sempre à cautela, ela à frente confiada que mostrava o caminho (Pois – a guia, a alumiadora de caminhos, a candeia que vai à frente alumia duas vezes!) desequilibrou-se e estatelou-se no chão, de borco, com o queixo cravado na aresta do degrau. Mais tarde deixou cair-lhe o chuveiro num pé o que lhe provocou um esgar de dor prolongado que se sumiu finalmente quando um arrepio provocado pela água momentaneamente gelada se interpôs entre a sua consciência da dor e a sua posição na banheira. Ontem ela exclamou, interpelando-o directamente e colocando-o naquele canto que os boxeurs tentam a todo o custo evitar, O Sr. é de uma violência insuportável. Violento eu?, interrogou-a. Violenta é a Sr.a que faz um broche como se’tivesse a devorar uma talhada de melancia, ripostou cáustico. Ficaram amigos. E ainda no outro dia encontrou o Juvenal que lhe perguntou: então, e flutuas? Como merda à tona d’água, respondeu. Isso é do Buckowsky! Sim, o Buckowsky também lá estava.
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