O qué candas a ler?
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O qué cando a ler?
Para quem se interessa por questões ligadas com "raça" e etnia saiu o ano passado (mas só agora tive oportunidade de o ler) "Not Just Black and White". Tinha que vir dos States: novas abordagens, sínteses teóricas inovadoras, trabalho empírico a questionar conclusões anteriores, escrito pela nata da academia que trabalha neste campo. Bem diferente do bafio da teoria europeia, que se repete até a exaustão e que já há alguns anos que não oferece nada de relevante. Compilação de artigos que traz aragem nova e mais respirável.
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Espreitadela no mais recente Fukuyama. Para literatura de cordel não está mal; e se nos quisermos afiançar de que os neocons são uns hipócritas sinistros e manipuladores é espreitar (a saltar) este livro. Parece que o Fukuyama teve um rebate de consciência e zangou-se com a linha dura dos neocons. Parece que foi surpreendido pela política externa americana em relação ao Iraque.
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A tresler em simultâneo com o David Harvey para se ganhar consciência de quão repugnantes são os neocons.
Juan Rámon Jimenez - Antologia poética.
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O problema é meu. Desconhecia-o para além de alguns poemas ocasionais lidos em antologias de poesia espanhola. Lírico ainda assim, sorvendo melancolias e flores silvestres, Jimenez descrevendo o amor porque o viveu e quem mais se aproxime dele talvez um Neruda que com certeza aí colheu inspiração. E a Espanha aqui tão perto.
Finalmente, em tempos de obsessão Da Vinciana, entre anagramas e pentagramas, esferas armilares e sementes divinas, talvez fosse avisado prestar atenção a um já antigo ensaio de Erich Fromm que dá pelo nome de "O Dogma de Cristo". Para aprender por que razão o Código Da Vinci não é aquilo que parece ser.
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1 Comments:
A respeito do livro do harvey: alguma vez as classes dominantes perderam o poder? Ou dito de outro modo, alguma vez o equilíbrio de poder que permite a existência de dominantes e dominados foi posto em causa por aquilo que os liberais (não é preciso neo que eles são velhos como a sé) querem agora tirar?
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