Entre o nada e a morte prefiro uma feijoada à transmontana
Há sempre um fremir desconcertante nesta ideia do escrever para o nada, para coisa nenhuma, para interlocutor algum ou para olho nenhum. Escrever para o nada é interpelar directamente a morte – tu sabes, tu que me ouves e entras na cabeça que se destinou a chegar tarde e a revelar a matança bem depois do festim. Escrever para ti: nada - o enamoramento da distância ou a virtude completa da irrelevância.
Do nada apenas esperamos. A hora da dor é-nos sempre devolvida com a bonança.
Do nada apenas esperamos. A hora da dor é-nos sempre devolvida com a bonança.
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