Que bem prega frei tomás, faz como ele diz, não faças como ele faz.
De entrevista em entrevista, de artigo em artigo, Vasco Pulido Valente, Maria de Fátima Bonifácio, Maria Filomena Mónica e Rui Ramos fazem o favor de nos explicar que as coisas já não podem ser como eram. O estado social europeu está morto, pelo que temos de nos adaptar aos novos tempos, que é como quem diz, temos de nos safar no mercado e deixar de contar com o estado como garante de emprego, de segurança social, saúde, educação, etc, etc. O problema da sociedade portuguesa, segundo eles, é que ainda vive na miragem desse estado social que já não tem condições de existir e continua a exigir do estado o que ele já não pode dar. Deixemos agora de lado os conteúdos para prestarmos atenção a quem os veicula. É que esta gente trabalha toda para o ICS, o que quer dizer que, em termos de trabalho para o Estado, estarão entre os mais privilegiados. Podem dedicar o seu tempo à investigação sem grandes preocupações de dar aulas. Ao contrário dos portugueses que desprezam e insultam, têm um vínculo laboral seguro, justamente aquilo que acham que os outros não podem ter. Para cúmulo disto, tanto Maria Filomena Mónica como Vasco Pulido Valente publicam os resultados da sua investigação em editoras comerciais, e não na editora universitário do ICS. Ou seja ganham o seu salário, pago pelo estado, e em vez de porem o fruto desse trabalho, pago pelo estado, ao dispor da instituição pública para onde trabalham, põem-no a render numa editora privada. Numa coisa têm razão, este estado é mesmo uma bandalheira.
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